domingo, fevereiro 22, 2015



Quando penso que tenho vindo escrever no Blog Azul desde o ano de 2003, como digo ali na explicação ao lado, acho isso muito legal, que eu tenha conseguido manter isso que para mim é um luxo e tal.

Agora, que moro no apezinho do terceiro andar, quando antes de vir ao Blog, preparo o meu desjejum, todos os dias, avisto a duas casas daqui, a cozinha de Dona Suzela. Quando chego na minha cozinha e olho, elas – Dona Suzela, as netas e uma ajudante - já estão na azáfama de aprontar o almoço, mas leit@r, tudo é muito tranqüilo, uma cena que poderia estar em qualquer tempo, um lance perene, ta se ligando, uma cena que poderia ter se passado no século XIX, que poderíamos supor no próximo século, do mesmo modo como eu aqui na cozinha do apezinho, sozinho, preparando meu café, é um troço perene e poderia estar em qualquer tempo que eu não conheça. Mas que conheço, porque as possibilidades da vida não são tantas assim, se liga. Afinal, teremos de nos alimentar para sempre.

Quer dizer, como se diz naquela música sobre a mulata que samba, aqui, no final do vale da Martins Torres, pra mim, é um luxo só, bondoso leit@r, a cozinha de Dona Suzela funcionando todos os dias, a minha cozinha funcionando todos os dias, o Blog Azul.

Fui.

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