quinta-feira, fevereiro 19, 2015

maluca


Assistimos ontem ao documentário sobre a carreira de Cassia
Eller. O cinema estava lotado. A meu lado sentou-se um rapaz enorme, que chorou pelo filme afora. Ele queria tudo de Cassia Eller, só pra ele. Quando as meninas atrás da nossa fileira de poltronas, falaram alguma coisa, ele reclamou silêncio, disse que estavam atrapalhando ele. Elas ficaram quietas.
Todos estavam cheios de amor. Eu estava cheio de amor. Uma
ficha caiu, eu pensei “a Cassia Eller ter gravado minha “Maluca” me deu um grande entusiasmo. O que me incentivou a querer voltar a tocar o violão que eu tinha abandonado." Então, bom leit@r, logo que consegui fazer um acorde, fiz o Inferno, música minha com Sacramento. Quando fiz dois, saiu outra parceria nossa, a Fonemas.
Então, quando ela gravou a “Maluca” eu telefonei pra ela pra
agradecer. Eu tinha a voz muito, muito lenta, por conta da incoordenação motora e lhe disse que ela tinha colocado tanta ternura na música que eu sentia que era pra mim. Fiquei como o rapaz enorme que sentou ao meu lado chorando na poltrona do cinema, achava que era só pra mim.
Aí, ela disse rindo:
- Mais calma, Luís! Tem pra todo mundo... – e tem.

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