domingo, julho 31, 2011

"Velha" Composição de Luís Capucho

Estou recuperando “Velha”, uma de minhas músicas antigas.

Embora tenha me esquecido dos acordes exatos com que a fazia no violão, pegá-la depois de tanto tempo, deu-me a sensação de estar compreendendo sua estrutura de um jeito que não compreendia antes, quer dizer, silencioso leit@r, uma sensação de que recuperá-la é melhor que o original.

Eu sei que, em se tratando de música, tudo é subjetivo, pessoal e do âmbito da ilusão. Mas que importa?

Enquanto treino recuperá-la, isso se restringe a minha casa – e já toquei no Pedro - mas, depois, porque sou um tímido audacioso, gostaria de mostrá-la no meio de minhas outras músicas, quando faço show.

Olha ela:

sábado, julho 30, 2011

Vai querer? ao vivo

Naquele esquema de um pirata e um papagaio, eu e Pedro editamos mais uma das músicas do show que fiz com a Experiência de Lucy, mês passado, no Solar de Botafogo. Dessa vez, editamos o “Vai querer?”, parceria com Suely Mesquita e uma das faixas do “Lua Singela”.

Aí:

quinta-feira, julho 28, 2011

Fiz café para tomar comendo uns morangos que Pedro me deu ontem.

Vai ser um dia de inverno de sol branco, frio.

A cidade inteira acontecendo com força me deixa ansioso, aí, me envolvo num troço qualquer pra me juntar com ela e esqueço. Certas paranóias...fui.

quarta-feira, julho 27, 2011

Dia lindo de sol de inverno, com barulhos que vêm lá de fora amortecidos pelas paredes da casa fechada. Assim, até o trinca-ferro do vizinho de baixo fica agradável. Minha vizinha de janela não tem mais pintado suas flores gigantes em casa. Faz um tempo que tem ido trabalhar na rua e Bob fica sozinho no apartamento, em silêncio. Os vizinhos de trás não têm feito as costumeiras festinhas. Dorinha nunca mais veio. Quer dizer, bom leit@r, tudo está acontecendo, mas a sensação é de tranquilidade, de calmaria. Vou trabalhar...

terça-feira, julho 26, 2011

No ponto do ônibus, em Frente à Fiocruz, enquanto não vinha meu ônibus, curtia olhar as pessoas chegando. Eu as avistava de longe, no sol gostoso de inverno, atravessando a passarela. Elas vinham se requebrando, gingando, marchando, cada qual à sua maneira de andar, quando surgiu à distância um senhorzinho com uns óculos enormes, quadrado, grande, como óculos de mulher e ele vinha com uma sombrinha. Fiquei reparando seu jeito e quando vinha chegando mais perto, notei que os óculos não refletiam luz do sol. E, aí, silencioso leit@r, quando chegou perto, realmente, não havia lentes nele e o senhor tinha os ares mais normais do mundo. Ele não parou no meu ponto. Continuou com sua sombrinha, passou entre as pessoas do ponto, com naturalidade, de modo que senti que quase ninguém notou os seus ólulos sem lentes, e foi pro ponto seguinte.

Quer dizer, bom leit@r: tirou onda legal...

fui.

sábado, julho 23, 2011

Ontem, foi dia de médico.

Ela não estava. Não me chateei por não ter sido avisado e por ter perdido a viagem. Quando de volta pra casa, passei no mercado do centro de Nikity, por ter as coisas mais em conta. Até estive pensando em me mudar daqui, que é um bairro mais caro. Mas, ontem, apesar de eu estar muito tranquilo e de não ter me chateado com o bolo que ganhei da doutora, me chateei com o centro da cidade.

No mercado, por ser mais barato, e, talvez, por isso, bem mais bagunçado que os mercados daqui, vieram umas garotas, dessas que usam shortinho, como quem descesse a ladeira, esbarrando e empurrando quem tava na frente, foram rasgando entre a multidão de consumidores e falando palavrão e tudo. E íam saltitando duro, feito os palavrões, mercado afora, e o pessoal ía abrindo caminho com medo de ser estapeado.

Aí, bom leit@r, pensei em não ir embora daqui, que mais caro, é mais civilizado.

E, depois disso, quando comprei do camelô um saquinho de alho, ele pegou o dinheiro de minha mão, como quem roubasse, quer dizer, não gostei. Então, me senti tão envolvido de gente, tipo, “queridinha vc ja viu ricu mal educado ñ ne miaaaaaaaauuuuuu pra ken merecem” que perdi minha visão panorâmica das coisas e comecei a achar que a cidade inteira é uma merda.

Miaaaaaaaauuuuuu...

Fui.

sexta-feira, julho 22, 2011

Estive, ontem, no Circo Voador para assistir a um show organizado pelo Viva Favela. Na festa em que se transformou o circo, não pude entender tudo muito bem, mas parece ser um movimento brasileiro de cultura nas comunidades, basicamente, centrado na música. Ao final, iriam tocar Luiz Melodia e Elza Soares, mas não pude esperar, pois ficaria muito tarde pra eu voltar pra Nikity. Consegui assistir ao pessoal que faz RAP. Mas não gosto, porque além de ser uma música sem melodia - quer dizer, silencioso leit@r, quase não se distingue bem uma música de outra – a gente não conseguia entender claramente o que diziam. E eram uns negões e umas mulheres masculinizadas, embaixo daquele ritmo também masculinizado, sem suingue, sem curvas, sem suavidade, aí, eu fiquei pensando, onde estava o funk carioca? Entre aquelas reivindicações inaudíveis e duras, eu tava preferindo as reinvidicações, tipo, FODA-SE do funk carioca. E não tinha...mas, aí, veio uma menina e fez um CHARME, que eu adoro.

E deu a hora de vir embora.

Fui.

quinta-feira, julho 21, 2011

Tem uns garotos que de manhã ficam caídos, dormindo no meio dos farrapos, em frente ao restaurante da Mariz e Barros. Tem uma senhora que passa a noite sentada sobre um caixote, na entrada da Doutor Sardinha, embrulhada num cobertor e silenciosa. Depois que aquele senhor, que morava num carro abandonado na minha rua, morreu, e deixou de marcar território, outro senhor veio morar na esquina acompanhado de um cachorro doente. Dizem que Niterói é uma das cidades com melhor qualidade de vida do país, mas tem muita gente de fora, quer dizer, silencioso leit@r, qualidade de vida pra quem?

terça-feira, julho 19, 2011

Suely mandou e-mail:

BATATA nos EUA

"oi Luis,
vou cantar BATATA em dois shows que vou fazer aqui.
vc tem as cifras pra me mandar?
bj, ja dei seu livro pro Bob!
a gente está enlouquecido aqui.

Suely

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www.suelymesquita.com.br
www.youtube.com.br/suelymesquita

cursos: Marisa Porto – pro
ducao@suelymesquita.com.br – (21) 8666-2597
Eis, aí:

segunda-feira, julho 18, 2011

Romena

Fiz essa música com a letra da Suely, quando ainda morava em Papucaia. É uma música em que usava o corpo de violão como percussão, ao mesmo tempo em que batia nas cordas. Não sei mais fazer aquilo que fazia...

Tenho uma gravação aqui, antiga, em que estou tocando com cordas e corpo do violão e um dia vou colocar no youtube pra o meu bom leit@r ver como eu fazia.

Quando ouvi pela primeira vez a Daúde, não entendi muito o que ela tinha feito com a música, mas hoje em dia, curto, porque entendi que a música ganhou perspectiva, espaço de visão. É como se ganhássemos um panorama do entorno, leit@r. Veja:

domingo, julho 17, 2011

Ontem, tentamos editar mais uma das músicas que fizemos, com a Experiênciade Lucy no Solar de Botafogo. Pedro separou a “Vai querer?” das outras músicas, colocou-a no editor e começou a fuçar as possibilidades de edição. Mas, aí, cada passo, ao acaso, que ele dava não era de seu agrado e ficou nas tentativas durante um bom tempo até que desistiu, dizendo-se sem inspiração. Por que o meu silencioso leit@r sabe, inspiração se faz passar por ocasional, quando, de verdade dizem que é esforço mental. Eu, ali, sempre de papagaio de pirata, já tava cansadíssimo. Comecei a dar meus pitacos de idéias, ao acaso...mas não funcionou. Daí, fica pro outro final de semana.

sábado, julho 16, 2011

Dorinha nunca mais veio me ajudar com a casa.

E como tem feito muito frio, não arrumo nada.

Edu Lontra disse, imitando as meninas de shortinho que descem minha rua:

- Coloque seu shortinho, sua camiseta velha rasgadinha e faz, Luís! Que, aí, esquenta!

Pedro diz:

- Assim não pode , Luís. Arrume! – mas eu fico adiando o dia de fazer e fico sonhando com mamãe, que também fica me dizendo coisas.

Noutro dia, quando Zoraide esteve aqui, me ensinou a fazer uma galinha deliciosa. Aí, ontem, fiz sua receita, só que sem a galinha e a cenoura que fiz sem a galinha ficou deliciosa. Também encontrei um inhame delicioso, enxuto, no mercadinho em frente. E também fiz jiló e feijão!

Quer dizer, minha comida arrebentou!

E estou esperando o Pedro acordar pra gente editar mais um videozinho de meu show com a Experiência de Lucy no Solar. Mais tarde posto.

É isso aí!

sexta-feira, julho 15, 2011

Tenho mania de escrever pra mim mesmo desde que fiquei adolescente. Então, quando não havia blogs para socializar as bobagens, escrevia em cadernos. Os cadernos de minha época de adolescente, um dia, rasguei todos e joguei fora pela janela do quarto onde dormíamos, no lugar onde mamãe trabalhava. E, ontem, comecei a procurar uma coisa que eu sabia ter escrito no ano 2000 e não achava entre os meus cadernos.

Achei muita carta que não mandei pros amigos e também achei muita coisa escrita de que me envergonho. E muita putaria!

No ano 2000, mantive um diário da piscina. Finalmente, encontrei.

Vou transcrever um desses escritos, hoje:

“15 de julho de 2000

A piscina, agora, tem sido minha igreja. Sou assíduo como um beato louco. Hoje, Kali me deu carona. Kali vai apenas às terças e quintas, os dias de Mamãe Fernanda. Hoje os fisioterapeutas também não foram. Será que estão de férias? Mamãe Fernanda – mamãe haverá de morrer de ciúmes disso – estava tranquila ao redor da água. Ela é sempre um espelho de como está a piscina. Se está agitada, cheia de nadadores, de gente, fica agitada. E como a água estava fria, tinha pouca gente. Ficamos todos concentrados em nadar para esquentar. E ela estava mais quieta.”

quinta-feira, julho 14, 2011

Dia bom pra nadar, tem sol.

O café que tomei, ontem, melhorou o embrulho de remédio que tinha ficado em meu estômago, quer dizer, bom leit@r, foi terapêutico. Portanto, não consegui parar com ele.

Vou lavar louça...

quarta-feira, julho 13, 2011

Outro dia bonito de sol. Acordei descansado e comi as mexericas que estavam na geladeira. Comê-las foi muito bom, cheio de lembranças, mas, não sei, depois, veio-me a sensação ruim dos remédios no estômago e vou fazer um café pra ver se melhora.

É isso.

terça-feira, julho 12, 2011

Com o sol de hoje vaí dar pra ir nadar.

Semana passada, além do frio, estive todo encatarrado e não pude ir.

Fui...

segunda-feira, julho 11, 2011

Depois que almoçamos uma comida mineira no Rink, estivemos, ontem, no Centro Cultural da Caixa Econômica para ver os penduricalhos embalsamados de Arthur Bispo do Rosário, que é, dos artistas que conheço, um dos que mais admiro por ter conseguido criar uma obra muito intrigante e bonita tendo como única referência a pobreza, quer dizer, silencioso leit@r, a gente fica achando que a pobreza é limitadora e pequena, mas ele não quis nem saber, foi, e fez o que tinha de fazer e pronto.

É isso aí!

Depois, fomos até a casa de Sacramento, que nos recebeu em sua varanda com um cafezinho puro delicioso e Pedro ficou fotografando com seu celular e, quando apareceu um ponto iluminado no céu, sobre o centro do Rio, todo mundo começou a fotografar. A aparição ficou um bom tempo e Pedro disse que era um OVNI e disse também que era um pedaço de arco-íris, mas quando eu disse que era uma Nossa Senhora todos concordaram e tiraram mais fotos.

Estou como aquele caçador que mata a cobra e não mostra o pau, porque não sou muito de tirar fotos. Daí, o meu bom leit@r deverá acreditar no que digo, ou procurar o facebook do Pedro, onde ele postou a aparição e as fotos do Bispo do Rosário.

Finalmente, fomos assistir a apresentação do Marcos Sacramento acompanhado do Grupo Semente, na Lapa, que fechou nosso domingo com chave de ouro.

Fui...

quinta-feira, julho 07, 2011

Porque acordar com febre é foda e não estou com febre.

Muita gente curte o estado da febre. E de noite, dentro do calor delicioso dos cobertores, também curto.

Febre é bom, se vc está agasalhado. A doença de forma geral é como um animal que te protege, enquanto te devora.

Há os momentos de lucidez, em que a gente se dá conta de que está sendo devorado, mas febril, esses são momentos ínfimos. E deliciar-se de febre é um seu ardil pra que a gente se deixe devorar, gostando.

E, se está gostoso, deixa! Fui.

quarta-feira, julho 06, 2011

Fez tanto frio nessa noite, quando fui me deitar, e tão cortante dentro da gente, que achei que vinha de dentro de mim, quer dizer, silencioso leit@r, por conta da constipação em que estou, achei que estivesse com febre. Talvez, até estivesse e fiquei feliz de ter acordado, hoje, pela manhã, sem aquela sensação.

terça-feira, julho 05, 2011

Eu Quero Ser Sua Mãe

Minha apresentação com Marcolino, ontem, no Convés, foi legal, embora esse tempo frio tenha baixado minha voz que já é grave. Então, fiz um pouco de exercício vocal no caminho até lá e enchi meu nariz de soro fisiológico, que limpou os canais internos de minha cara, e minha voz subiu um pouco e ganhou um pouco de ressonância, e o resultado disso, é que hoje acordei com tosse e muito rouco.

Depois de cantarmos “A vida é livre”, rimos muito, com Pedro, quando eu disse:

- É, minha voz, hoje, deixou de ficar estranha, pra ficar feia!

Além disso, Pedro editou mais uma das músicas que fiz com a banda Experiência de Lucy, no Solar:

segunda-feira, julho 04, 2011

É isso, bom leit@r, nessas noites frias, em que enrolado no calor da cama, respiro a atmosfera fria da casa, acordo com a voz inflamada, candente.

Seguindo esse raciocínio, pode-se dizer que um dia de chuva é o resultado de uma inflamação do céu, como se inflama o fundo do céu de minha garganta, quando nele se confrontam o ar frio da casa e o ar quente de dentro do meu cobertor.

Fui.

domingo, julho 03, 2011

Eu sóbrio em Copacabana

Em 2007, quando do lançamento do meu livro Rato, Pedro me filmou no meu quarto, enquanto no computer tocava a música do Bronsk beat. Essa música, ouvia em copacabana, na casa do Ciro. Então, fiz um texto que ele colou em cima das imagens e colocou no youtube. Aí, a administração do youtube, tirou o vídeo de circulação por infringir as leis do direito autoral da música do Bronsk beat. Então, fizemos outra vez e recolocamos no youtube, dessa vez, na minha conta, mas já recebi uma advertência de que nosso vídeo pode ter conteúdo de propriedade de uma tal de WMG. Então, silencioso leit@r, não posso me filmar ouvindo música dentro da minha casa e colocar meu filme na internet que também é um troço de uso domiciliar, que pago com meu dinheiro?

Que coisa!

Antes que tirem o vídeo, veja, bom leit@r:

sábado, julho 02, 2011

Dorinha nunca mais veio aqui e a casa está ficando cada vez mais entulhada de tranqueira. Não procure o sentido de tranqueira, é isso mesmo que você entendeu. Tem tranqueira sobre a estante da sala, sobre os sofás, sobre a cama, na área lá fora tem tranqueira, minha cama tá entupida de tranqueira, a casa tá que é uma tranqueira só e não consigo ter expediente com a ordem. Já estou entrancando até o caminho do padre passar...

Que coisa!

sexta-feira, julho 01, 2011


Vou buscar remédios...

O pessoal do Arte Jovem me chamou pra tocar uma música na segunda-feira. Disseram que “A vida é livre” fará parte de uma coletânea de músicas tocadas ao vivo no Convés, ano passado. E segunda é o lançamento.

Chamei Eduardo Marcolino pra me acompanhar na guitarra.

Vamos lá!